Diverticulite perfurada em idosos cardiopatas: manejo cirúrgico na emergência
Resumo
Introdução: A diverticulite perfurada em idosos cardiopatas representa um desafio significativo no manejo cirúrgico emergencial devido à complexidade clínica desses pacientes. A diverticulite, que é a inflamação os divertículos intestinais, pode evoluir para uma perfuração, complicando o quadro clínico e exigindo uma abordagem urgente. Em idosos com doenças cardíacas preexistentes, a combinação de condições aumenta a morbidade e a mortalidade associadas ao tratamento cirúrgico. O manejo desses pacientes requer uma análise cuidadosa dos riscos operatórios, o que demanda uma abordagem individualizada para equilibrar os benefícios da cirurgia com o risco de complicações cardíacas e pósoperatórias. Objetivo: A revisão sistemática de literatura teve como objetivo avaliar o manejo cirúrgico da diverticulite perfurada em idosos com condições cardíacas preexistentes, analisando as estratégias cirúrgicas adotadas, os desfechos e os cuidados pós-operatórios necessários para
otimizar a recuperação e minimizar os riscos. Metodologia: A metodologia adotada seguiu o checklist PRISMA e envolveu uma pesquisa detalhada nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Utilizaram-se cinco descritores principais: "diverticulite perfurada", "idosos", "cardiopatia", "manejo cirúrgico" e "emergência". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos que abordavam o manejo cirúrgico da diverticulite perfurada em pacientes idosos com doenças cardíacas. Resultados: Os
resultados revelaram que a abordagem cirúrgica para diverticulite perfurada em cardiopatas idosos deve ser adaptada às condições individuais de cada paciente. Entre os principais tópicos encontrados, destacou-se a importância da avaliação pré-operatória detalhada e do planejamento cirúrgico cuidadoso para minimizar riscos. A maioria dos estudos sugeriu que procedimentos menos invasivos, como a cirurgia laparoscópica, podem ser preferíveis em alguns casos, embora a cirurgia
aberta ainda seja comum dependendo da gravidade e da condição geral do paciente. A taxa de complicações cardiovasculares pós-operatórias foi um fator crítico nas decisões terapêuticas. Conclusão: Em conclusão, o manejo cirúrgico da diverticulite perfurada em idosos cardiopatas exige uma abordagem multifacetada que considere tanto os riscos cirúrgicos quanto
os cardiovasculares. A revisão destacou a necessidade de um planejamento cuidadoso e uma gestão individualizada para cada paciente, a fim de equilibrar os benefícios da cirurgia com os riscos envolvidos. A seleção criteriosa do tipo de intervenção cirúrgica e a monitorização rigorosa no pós-operatório são essenciais para melhorar os desfechos e reduzir a
mortalidade associada.