Lúpus Eritematoso Sistêmico e Doença Renal: etiopatogenia e manejo clínico

Autores

  • Emanuelle Cavalcanti Souza
  • Giovanna Antonelli Melo Viol
  • Isis Micaelly de Oliveira Morais
  • Sara Mendes Rocha
  • Patrícia Curi
  • Rodrigo Alcantara Normanha
  • Luiza Passos Ribeiro
  • Leonardo de Almeida Oliveira
  • Yasmin Pereira Vieira
  • Célia Pisaneski de Oliveira

Resumo

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) representa uma doença autoimune complexa que afeta múltiplos órgãos, com particular destaque para o envolvimento renal, manifestado na forma de nefrite lúpica. Essa condição se caracteriza pela inflamação dos glomérulos renais, desencadeada pela deposição de complexos imunes e ativação do sistema complemento, resultando em danos que podem variar de alterações mesangiais leves a glomerulonefrite proliferativa severa. A nefrite lúpica é uma das manifestações mais graves do LES, contribuindo significativamente para a morbidade e mortalidade dos pacientes, sendo o controle da doença renal crucial para melhorar o prognóstico a longo prazo. No contexto terapêutico, o manejo da nefrite lúpica envolve o uso de imunossupressores, porém, as terapias convencionais muitas vezes enfrentam limitações devido à resistência ao tratamento e aos efeitos adversos. Dessa forma, a introdução de terapias biológicas e abordagens multidisciplinares tem sido amplamente estudada como uma estratégia para otimizar o tratamento e reduzir as complicações. Objetivo: O objetivo da revisão sistemática de literatura foi investigar as abordagens terapêuticas mais recentes para a nefrite lúpica, com foco na eficácia das novas terapias biológicas e na importância da abordagem multidisciplinar no manejo dessa condição, utilizando dados de artigos publicados nos últimos 10 anos.Metodologia: A revisão foi conduzida utilizando o
checklist PRISMA, com buscas realizadas nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados cinco descritores principais relacionados ao tema. Como critérios de inclusão, foram selecionados estudos que abordavam tratamentos recentes para nefrite lúpica, artigos publicados nos últimos 10 anos e estudos clínicos randomizados. Os critérios de exclusão envolveram estudos com amostras pequenas, artigos publicados antes de 2010 e revisões sem base empírica. Resultados: Os resultados revelaram que as terapias biológicas, como rituximabe e belimumabe, mostraram-se promissoras em casos refratários, enquanto a abordagem multidisciplinar demonstrou melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, os efeitos adversos das terapias imunossupressoras convencionais permanecem um desafio. Conclusão: A revisão concluiu que as novas terapias biológicas e abordagem multidisciplinar são fundamentais para o manejo da nefrite
lúpica, proporcionando alternativas eficazes para pacientes que não respondem aos tratamentos tradicionais, além de promover uma melhoria significativa no prognóstico e na qualidade de vida dos pacientes.

Publicado

2025-01-12

Como Citar

Souza, E. C., Viol, G. A. M., Morais, I. M. de O., Rocha, S. M., Patrícia Curi, Normanha, R. A., … Oliveira, C. P. de. (2025). Lúpus Eritematoso Sistêmico e Doença Renal: etiopatogenia e manejo clínico. Revista Estudos Acadêmicos Em Saúde, 1(1), 332–344. Recuperado de https://reas.ojsbr.com/reas/article/view/125