Pré-eclâmpsia e Doença Renal Crônica: sintomas gestacionais e prognóstico materno e fetal
Resumo
Introdução: A coexistência de pré-eclâmpsia e doença renal crônica durante a gestação apresenta um desafio clínico significativo, exacerbando riscos tanto para a mãe quanto para o feto. A literatura científica destacou que essas condições, quando combinadas, aumentavam substancialmente as chances de complicações graves, como progressão acelerada da doença renal e restrição de crescimento fetal. A complexidade do manejo dessas gestantes é evidenciada pela necessidade de monitoramento contínuo e intervenções terapêuticas precisas para evitar desfechos adversos, sendo que a interação entre essas condições criava um ciclo vicioso de agravamento mútuo. Objetivo: A revisão sistemática de literatura teve como objetivo investigar as complicações gestacionais e os desfechos maternos e fetais em mulheres com pré- eclâmpsia associada à doença renal crônica, analisando as estratégias terapêuticas mais eficazes para o manejo dessas condições. Metodologia: A pesquisa utilizou o checklist PRISMA para garantir a transparência e qualidade na seleção dos estudos. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando cinco descritores principais: "pré-eclâmpsia", "doença renal crônica", "gestação", "complicações fetais" e "hipertensão gestacional". Como critérios de inclusão, selecionaram-se artigos publicados nos últimos 10 anos, estudos com amostras representativas e pesquisas que abordaram desfechos clínicos relevantes. Os critérios de exclusão englobaram estudos duplicados, pesquisas com populações não grávidas e artigos sem acesso ao texto completo. Resultados: A análise dos estudos revelou que a combinação de pré-eclâmpsia e doença renal crônica aumentava significativamente o risco de complicações graves, incluindo hipertensão resistente, insuficiência renal aguda e complicações neonatais, como prematuridade e restrição de crescimento intrauterino. As estratégias de manejo mais eficazes envolveram intervenções precoces, uso de medicamentos seguros para a gestação e monitoramento intensivo da função renal e da pressão
arterial ao longo da gravidez e do pós-parto. Conclusão: Em síntese, a coexistência de pré-eclâmpsia e doença renal crônica
durante a gestação representava um cenário de alto risco, exigindo um manejo multidisciplinar e individualizado. A revisão destacou a importância de intervenções precoces e monitoramento rigoroso para melhorar os desfechos maternos e fetais,
sublinhando a necessidade de avanços nas estratégias terapêuticas e na compreensão dos mecanismos subjacentes a essas condições.