Diabetes tipo 1 e Doença Celíaca na Criança: manifestações clínicas e complicações metabólicas
Resumo
Introdução: O diabetes tipo 1 e a doença celíaca, ambas condições autoimunes, apresentam uma interrelação significativa, principalmente quando manifestadas em crianças. A presença concomitante dessas doenças pode resultar em desafios adicionais no manejo clínico, exigindo um acompanhamento meticuloso e uma adaptação contínua das intervenções terapêuticas. A interseção dessas patologias afeta a saúde metabólica e o desenvolvimento infantil, dado que a dieta sem glúten necessária para a gestão da doença celíaca influencia diretamente o controle glicêmico no diabetes tipo 1. Assim, compreender a complexidade dessas interações é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento eficazes e para a melhoria da
qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática de literatura foi analisar, com base em evidências científicas, as manifestações clínicas e as complicações metabólicas associadas à coexistência de diabetes tipo 1 e doença celíaca em crianças, visando identificar as melhores práticas para o manejo integrado dessas condições. Metodologia: A metodologia seguiu o checklist PRISMA, com a seleção de artigos nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os seguintes descritores: "diabetes tipo 1", "doença celíaca", "crianças", "complicações metabólicas" e "manejo clínico". Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos que abordassem diretamente a coexistência dessas duas condições em pacientes pediátricos. Os critérios de inclusão compreenderam estudos com amostras pediátricas, pesquisas que abordassem tanto manifestações clínicas quanto complicações metabólicas, e artigos revisados por pares. Critérios de exclusão incluíram estudos com foco exclusivo em adultos, pesquisas não revisadas por pares e artigos que tratassem de condições autoimunes diferentes das estudadas. Resultados: Os resultados da revisão indicaram que a coexistência de diabetes tipo 1 e doença celíaca exacerba os desafios no manejo clínico, principalmente devido à necessidade de ajustes constantes na terapia insulínica e na dieta sem glúten. As manifestações clínicas incluem sintomas gastrointestinais persistentes e desregulação glicêmica, enquanto as complicações metabólicas destacam deficiências nutricionais e o impacto psicológico negativo, com a necessidade de suporte
emocional constante. Conclusão: A revisão sintetizou que a coexistência de diabetes tipo 1 e doença celíaca em crianças exige uma abordagem multidisciplinar, considerando aspectos nutricionais, clínicos e psicológicos. A integração dessas estratégias é essencial para o manejo eficaz das condições, promovendo melhorias significativas na qualidade de vida e na saúde global dos
pacientes.
