Doença celíaca na infância: avaliação clínica e complicações metabólicas
Resumo
A doença celíaca é uma condição autoimune crônica que afeta a mucosa intestinal em resposta ao consumo de glúten, levando a uma série de manifestações clínicas e complicações metabólicas. Na infância, a doença celíaca pode se manifestar com
sintomas variados, como diarreia crônica, atraso no crescimento e distúrbios digestivos. No entanto, a apresentação pode ser atípica, incluindo sintomas extraintestinais como anemia e problemas de desenvolvimento. A identificação precoce e o manejo adequado são essenciais para prevenir complicações a longo prazo, que podem afetar o crescimento e a qualidade de vida da criança. Objetivo: examinar a avaliação clínica e as complicações metabólicas associadas à doença celíaca na infância, com foco na atualização das práticas diagnósticas e nas implicações de saúde a longo prazo. Metodologia: seguiu-se o checklist PRISMA para garantir a transparência e a qualidade na seleção dos estudos. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando cinco descritores principais: "doença celíaca", "infância", "avaliação clínica", "complicações
metabólicas" e "tratamento". Os critérios de inclusão foram: estudos publicados nos últimos 10 anos, artigos revisados por pares e pesquisas focadas na infância. Foram excluídos estudos não relacionados diretamente à doença celíaca, pesquisas com
amostras não pediátricas e artigos sem dados clínicos relevantes. Resultados: mostraram que a avaliação clínica da doença celíaca na infância frequentemente envolve testes sorológicos e biópsias intestinais para confirmar o diagnóstico. As complicações metabólicas incluem deficiências nutricionais, como ferro e vitamina D, e problemas de crescimento. Além disso, as crianças com doença celíaca não tratada podem desenvolver outras condições associadas, como osteoporose e distúrbios
neurológicos. Conclusão: uma abordagem clínica detalhada e a adesão a uma dieta rigorosa sem glúten são cruciais para evitar complicações metabólicas e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas pela doença celíaca. O manejo precoce e
contínuo da condição é fundamental para promover um desenvolvimento saudável e prevenir complicações a longo prazo.