Artrite reumatoide em idosos: manifestações clínicas, tratamentos biológicos e controle da dor
Resumo
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica que afeta principalmente as articulações, levando a dor, rigidez e deformidades articulares. Em idosos, a AR pode manifestar-se com características atípicas e mais severas, complicando o diagnóstico e tratamento. As manifestações clínicas podem incluir dor articular generalizada, redução da mobilidade e fraqueza muscular. Além disso, a presença de comorbidades e a alteração no metabolismo das drogas podem impactar significativamente o tratamento e o manejo da dor. Tratamentos biológicos emergiram como uma abordagem inovadora para controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. No entanto, a eficácia e a segurança desses tratamentos em idosos ainda são áreas de pesquisa ativa. Objetivo: Analisar as manifestações clínicas da artrite reumatoide em idosos, avaliar a eficácia dos tratamentos biológicos e discutir estratégias eficazes para o controle da dor. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática com base no checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. A busca foi realizada com os seguintes descritores: "artrite reumatoide", "idosos", "tratamentos biológicos", "controle da dor" e "manifestações clínicas". Os critérios de inclusão foram: estudos publicados nos últimos 10 anos, artigos revisados por
pares e pesquisas focadas em pacientes idosos com artrite reumatoide. Foram excluídos artigos não relacionados diretamente ao tema, estudos em populações não idosas e documentos não disponíveis em texto completo. Resultados: Indicaram que, em idosos, a artrite reumatoide frequentemente apresenta sintomas mais graves e uma progressão mais rápida da doença em comparação com populações mais jovens. Os tratamentos biológicos demonstraram ser eficazes na redução da atividade inflamatória e na melhora da qualidade de vida dos pacientes. A utilização de agentes biológicos como inibidores do fator de
necrose tumoral (TNF) e antagonistas da interleucina-6 (IL-6) mostrou benefícios significativos. No entanto, o controle da dor continua a ser um desafio, com abordagens multidisciplinares sendo recomendadas para otimizar o tratamento. Conclusão: A artrite reumatoide em idosos apresenta desafios únicos em termos de diagnóstico e manejo. Os tratamentos biológicos oferecem uma perspectiva promissora para o controle da doença e melhora dos sintomas, mas a eficácia pode variar e a gestão da dor requer uma abordagem personalizada. A pesquisa contínua é essencial para adaptar as estratégias de tratamento às necessidades específicas desta população.