Depressão em idosos com Alzheimer avançado
Resumo
A depressão em idosos com Alzheimer avançado é uma questão clínica complexa, exacerbada pela progressão neurodegenerativa e pela deterioração cognitiva característica da doença. Este subgrupo de pacientes enfrenta desafios únicos
devido à sua incapacidade de comunicar sintomas depressivos de maneira convencional, o que muitas vezes resulta em subdiagnóstico e subtratamento. A coexistência de sintomas depressivos pode intensificar o sofrimento do paciente e aumentar a carga emocional para os cuidadores, além de contribuir para um declínio funcional mais rápido. Objetivo: Este estudo visa realizar uma revisão sistemática da literatura para sintetizar o conhecimento atual sobre a prevalência, os fatores de risco, as intervenções e o impacto da depressão em idosos com Alzheimer avançado, destacando lacunas na pesquisa existente. Metodologia: Utilizando o checklist PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), foram pesquisadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, com artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram "depressão", "idosos", "Alzheimer", "prevalência" e "intervenção". Critérios de inclusão abrangeram estudos originais que investigaram a relação entre depressão e Alzheimer avançado em idosos, com avaliações clínicas claras e disponibilidade de texto completo. Critérios de exclusão foram estudos duplicados, não relacionados ao tema ou com amostras
predominantemente jovens. Resultados: Destacaram uma alta prevalência de sintomas depressivos em pacientes com Alzheimer avançado, frequentemente associados a piores desfechos cognitivos e funcionais. Intervenções farmacológicas e não farmacológicas foram discutidas, com ênfase em abordagens personalizadas e multidisciplinares. Conclusão: Esta revisão sublinha a necessidade de uma abordagem integrada para o manejo da depressão em idosos com Alzheimer avançado, considerando não apenas os aspectos clínicos, mas também os impactos sociais e emocionais. Futuras pesquisas devem focar em estratégias eficazes de diagnóstico precoce, tratamento personalizado e suporte contínuo aos cuidadores, visando melhorar a qualidade de vida e reduzir o ônus emocional associado a esta condição vulnerável.
